08/11/2013

Mergulhos da Alma





Aprofunda-se, enfim: sembra distante o cerne,
Amargurada sensação saturada de vazio.
O eu é infinito, o mergulho é incerto:
Aproxima-se do eixo, desponta o frio.
 
O receio aconselha à fuga, cativo da emoção
Passa o tempo, alma resiste: aplaca-se a dor,
Míngua a tristeza, torna-se plácido o coração:
Quanto mais resiste, mais banha-se de calor.
 
A áurea enegrecida regozija-se com os rútilos;
Passada - enfim! - a hora tão penosa de ardor!
‘Inda dúbia a confiança, sorri tímida aos júbilos;
Ilumina-se a face, irradia sem perdas seu olor..

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